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Música Internacional: O que rolava na década de 60

A década de 1960 foi marcada pelos músicos que lançaram seus sucessos que são muito conhecidos até os dias de hoje.

O som dos anos 60

Nos anos 60 o rock deixou de ser o som dos jovens e começou a ocupar espaço nas paradas musicais de sucesso.

Músicas que embalaram paixões

O amor sempre foi poliglota, e as canções de amor também.

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Nos tempos da brilhantia: A eterna elegância dos penteados dos anos 60

As influências dos anos da brilhantina permanecem inabaláveis atualmente, quando o visual retrô vai e volta à moda.

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O jovem dos anos 60 e o jovem de hoje


Um dia desses estava conversando com amigos e percebi o grande número de jovens que não se interessam por participar de movimentos sociais, DCEs, DAs, CAs, Grêmios Estudantis, associações ou qualquer que seja o grupo que possa servir como voz ao jovem no país em que vivemos. Ao mesmo tempo percebi a indignação dos mesmos com a política de hoje, decepções e a falta de interesse mesmo.


Eu, sempre atuante nesses movimentos, fiquei muito triste e comecei a perceber a grande diferença dos jovens de hoje com os jovens dos anos 60, jovens esses que viveram e sobreviveram uma ditadura, buscavam informações e criticavam sobre o que estava acontecendo ao seu redor. Parece que naquela época tinham a necessidade de se expressarem, de se juntarem e mostrar o que pensavam, mostrar o que queriam para nosso país.


Criaram movimentos dos mais variados tipos e muitos viviam na clandestinidade para não serem presos, coisa que muitos foram até mesmo torturados. Idealistas, reformadores, jovens, não desistiam de ir para as ruas, de se manifestarem e participarem mais ativamente nas questões do dia a dia político de nosso país. Grupos até hoje procuram notícias de pessoas desaparecidas naquela época e, de quando em vez é localizado um cemitério clandestino ou ossadas.

Será que na época, a decepção deles com a política foi maior do que a de muitos jovens hoje? Pelo menos, hoje, podemos nos manifestar e não tem a “DOPS” nos seguindo e nem nossos amigos sumindo.

E o Jovem da atualidade? Com o mundo a sua frente na tela de um computador, deixa muitas vezes de participar de pequenas coisas que poderiam fazer a diferença. Com tanta liberdade, parece que hoje não existe aquela necessidade de se juntar, em formar grupos, seja para discutir melhorias na sua escola ou no seu bairro. Porque isso?

Sei que o jovem de hoje muitas vezes vai do trabalho para escola, da escola para a casa e desta para o trabalho, num incessante ir e vir à procura da realização profissional, confundindo-a com a pessoal. É a procura do futuro, porém pessoal e não coletivo, quando ali estarão os interesses pessoais possivelmente realizados. Parece não existir uma consciência de um futuro tão próximo e tão globalizado, desmanchando-se em nossas portas. Que tal pensar em um pequeno, ínfimo, mas o pouco tempo em que fizermos algo em prol de nossa sociedade, com certeza seremos recompensados.

Será que o antigo e temido “DOPS”, depois de extinto, conseguiu abafar a participação dos jovens de hoje?  O medo pairou por um bom tempo, reconheço. Apesar de tudo, penso que não! Ainda existem vários jovens com voz ativa em nossa sociedade, que participam de entidades estudantis, eclesiásticas ou associações e que não desistem de se fazerem ouvidos, de participarem, de serem formadores de opinião. Isso muito me motiva e faz-me acreditar na juventude e nas idéias.

Espero, que os demais jovens se espelhem nos dos anos 60! Sim, admiráveis jovens, que mesmo com milhares de ameaças e adversidades mantinham-se ativos, conscientes e participantes naquele dia a dia de nosso país. Lutaram, muitos morreram, porém muitas coisas se modificaram para melhor pela contribuição deles.

            Que tal, você pensar nisso?








Fonte: Informações Saulo Gil

Conseguir uma namorada exigia uma lambreta


A moda no final dos anos 50 e parte dos anos 60 era ter uma Lambreta ou Vespa. A indústria automobilística brasileira dava seus primeiros passos e comprar um automóvel era um sonho distante para a maior parte da população. Mesmo uma Lambreta ou Vespa não era para qualquer um, entretanto, ainda era um sonho que poderia ser possível.

A venda anual de veículos de duas rodas, no Brasil, está em crescimento acentuado de mais de 18% – e, se continuar nesse ritmo, entrando em circulação 2 milhões de unidades por ano, a frota de motos, em 10 anos, será maior que a de automóveis. Cinquenta anos atrás, nosso país viveu também um fenômeno que durou mais ou menos 10 anos. Foi a febre da lambreta.



Esse veículo, que hoje chamamos scooter, surgiu na Itália do pós-guerra como alternativa barata de deslocamento. Chegou ao Brasil no final dos anos 1950 e "pegou", como se dizia na época.


Propaganda da marca italiana Lambretta com os atores do filme Quando Setembro Vier. 

Esse veículo, que hoje chamamos scooter, surgiu na Itália do pós-guerra como alternativa barata de deslocamento. Chegou ao Brasil no final dos anos 1950 e "pegou", como se dizia na época.


No início dos anos 1960, filmes agora cult como Candelabro Italiano e Quando Setembro Vier (este, com Rock Hudson e Gina Lollobrigida) ajudaram na divulgação da moda e do comportamento envolvendo esse meio de transporte.

Policial aborda lambretista. Foto: banco de dados

Conseguir uma namorada exigia uma lambreta. Os jovens ricos tinham carro, claro, mas tinham que ter lambreta também. Os constantes rachas de lambretistas, e a fama de "juventude transviada", despertavam a desconfiança da polícia, que dava uma dura indiscriminada.

Você lembra da época de sucesso das lambretas?


Jovem Guarda, quem eram eles ?


Alienados, superficiais, infantis, acéfalos, donos de uma capacidade ímpar de hipnotizar as massas com truques, gestos e canções ingênuas que desviavam o foco do combate contra os militares para o comércio milionário de uma inconveniente felicidade juvenil. Quem eram eles?, perguntavam Elis Regina, Geraldo Vandré, Edu Lobo, Gilberto Gil, MPB 4, Ronaldo Bôscoli, os críticos e os jovens universitários. Como se atreviam a tomar de assalto os espaços mais nobres da TV, do rádio e dos jornais em tempos de guerra? O que é que, afinal, havia nessa tal de Jovem Guarda?

As perguntas duraram um pouco mais de 50 anos para começar a ser respondidas. A vitrine maior era o próprio programa que deu nome ao momento: Jovem Guarda. Seus apresentadores: Wanderléa, Erasmo e Roberto Carlos. “Existia o purismo do pessoal da MPB e nós lá, chegando com guitarras, equipamentos de som novos, fazendo uma revolução que começava dentro das casas. Fomos muito contestados”, diz Wanderléa, principal mulher daquela cena e que, exatamente por essa condição, viveu mais batalhas do que seus pares. “Se fôssemos realmente tão irrelevantes quanto diziam, não teríamos tomado conta do País.”

Hoje, ela fala. Absolvida dos pecados que poderia ter cometido aos olhos da patrulha da esquerda, apontada por Ronnie Von como tão cruel quanto a própria censura da direita, Wanderléa está prestes a lançar um livro de memórias, escrito com a colaboração do jornalista Renato Vieira, e é estrela de um musical em formato de documentário chamado 60! Década de Arromba, com estreia no dia 10 de abril, no Theatro Net, depois de uma temporada de cinco meses no Rio de Janeiro.

A era das revisitações às jovens tardes de domingo compreendidas entre 1965 e 1968, época de duração do avassalador Jovem Guarda, tem encorajado personagens ligados diretamente ou indiretamente ao cenário a visitar suas recordações. Jerry Adriani, que fez 70 anos em 29 de janeiro e, no momento, se recupera de uma trombose nas pernas, prepara sua autobiografia, em colaboração com o pesquisador Marcelo Fróes, para sair até o final do ano. Paulo Cesar de Araújo, o biógrafo proibido de Roberto Carlos, está prestes a entregar à editora um novo livro sobre o cantor para ser lançado no segundo semestre. E um belo documentário, Jovem Aos 50, dirigido por Sergio Baldassarini Junior e narrado por Milton Gonçalves, segue em cartaz.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




Fonte:istoe.com.br

Música Internacional: O que rolava na década de 60


A década de 1960 foi marcada pelos músicos que lançaram seus sucessos que são muito conhecidos até os dias de hoje, diversas músicas marcaram essa época e hoje em dia esses cantores são muito privilegiados em todo o mundo. Uma das bandas que com certeza você já deve ter ouvido e que revolucionou o rock são os Beatles.

No Brasil os Beatles ficaram muito conhecidos por “trazer” o rock ao Brasil, antigamente em nosso país o rock era muito conhecido por iê-iê-iê, essa é uma tradução do refrão da música She Loves You escrita por John Lennon e Paul McCartney, assim deixando os Beatles na história do rock.


Outras bandas que também se destacaram e muito na década de 60 foram The Rolling Stones, The Who, The Kinks, entre outras ótimas bandas que junto com os Beatles comandaram a British Invasion, traduzido para o português Invasão Britânica.

Além das bandas de rock o rei do reggae também teve seu destaque na década de 60, isso mesmo filho de um capitão do exercito inglês e de uma adolescente negra Bob Marley fez sua história nessa época, hoje em dia ele é considerado o rei do reggae no mundo inteiro inclusive aqui no Brasil onde temos diversas bandas de reggae ótimas como Natiruts, Chimarruts, Expressão Regueira, entre outras.





Álbuns da Década de 60

Vários álbuns que marcam até hoje foram lançados na década de 60, álbuns como Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, esse é um álbum dos Beatles lançado em 1967, ele é considerado o melhor álbum de toda a história, outro ótimo álbum lançado em 1969 é o The Soft Parade da banda The Doors, esse álbum contem canções como Touch me.

No ano de 1967 teve o primeiro festival de rock do mundo sendo ele o Monterey Pop Festival, em português Festival Pop de Monterey, esse festival foi realizado na Califórnia, o festival foi organizado por Lou Adler, Derek Taylor e John Phillips do grupo The Mamas & The Papas. O festival teve sua grande estreia com o guitarrista Jimi Hendrix, Janis Joplin e Otis Redding.

Outro festival que também marcou a época foi o Festival de Woodstock realizado nos Estados Unidos, esse festival teve atrações ao vivo com Jimi Hendrix, Sly and Family Stone, The Who, Creedence Clearwater Revival, Carlos Santana, entre outras bandas que são lendas do rock mundial, esse festival se tornou o símbolo da união entre o rock, paz e o amor onde jovens se reuniram aproveitando três dias de paz, amor e música.





Infelizmente teve uma tragédia que marcou a década de 1960, no ano de 1969 Brian Jones integrante da banda Rolling Stones foi encontrado morto na piscina da sua casa em Sussex. Esses foram alguns fatos que marcaram a década de 60.

Nos tempos da brilhantina: A eterna elegância dos penteados dos anos 60


A década de sessenta  foi um marco na história, o pós-guerra e a rebeldia dos jovens, o início de libertação das mulheres das amarras machistas, tudo contribuiu para que esse período ficasse marcado como uma década das mais expressivas em todos os setores.

Ainda hoje, a maioria das pessoas, mesmo os mais jovens, que não eram sequer nascidos, olham com certo orgulho e até uma pontinha de inveja pelos grandes avanços conquistados, pela ousadia, pela coragem que muitos jovens tinham para expressar suas opiniões e pagar altos preços por isso!

Além disso, a década de sessenta também marcou pela moda, pelas inovações no setor de maquiagem, seus penteados e roupas elegantes, eternizados por mulheres magníficas que até hoje representam o que é a feminilidade, como as sensuais Brigitte Bardot, Marilyn Monroe e o modelo de elegância e estilo, Jaqueline Kennedy.

As influências dos anos da brilhantina permanecem inabaláveis atualmente, quando o visual retrô vai e volta à moda.

Os penteados são uma das maiores características do visual daqueles românticos tempos.

Os penteados eram, de forma geral, mais arrumadinhos, comportados, mais elegantes e, atualmente, embora sejam adaptados em penteados usados no dia a dia, de modo meio bagunçado, para ficar bem atual, as pontas viradas para fora, um marco na época, ainda fazem a cabeça de muitas mulheres na hora de criar um visual mais certinho.

Assim também os coques altos, os penteados volumosos, fofos e as franjas também volumosas, as faixas, lenços e outros acessórios que deixam as mulheres muito femininas. Todos usados sem medo, compondo, não só os looks retrô, mas os modernos também!

Veja algumas fotos de penteados das divas dos anos 60 que até hoje fazem sucesso! Reconheça-os nos dias atuais!

Penteados dos anos 60....

Como hoje em dia, também naquele tempo os estilos variavam, indo desde os curtos, como estes, até os bem longos e as franjas também eram de formatos variados, como esta, de lado e volumosa



As pontas viradas para fora e a raiz alta, as mulheres usavam o laquê todos os dias!



Novamente, um dos ícones de elegância da época, Audrey Hepburn (foto acima), agora com um dos penteados eternizados: o coque alto, com um ornamento bem delicado!


Penteados nos dias atuais....

Drew Barrymore aposta em pontas viradas para fora, franja lateral longa e raízes altas, as outras duas artistas, em  cabelos presos no alto da cabeça de forma mais volumosa.








Fonte: Informações http://garotabeleza.com.br

Twist a dança dos anos 60




Em 1959, um cara de nome Hank Ballard, compôs uma música chamada The Twist e meio que extraiu uma dança um tanto quanto estranha da Flórida, a qual era uma dança um pouco popular entre os jovens da época, mas ridiculamente desconhecida. Hank Ballard, então, produziu um compacto com essa música, mas o problema foi que ninguém gostou dessa música, então o compacto passou despercebido, não teve tanto sucesso. Ele fez até alguns shows, mas realmente ninguém gostou da música, principalmente da dança.

Foi aí que em 1960, até aí nada para se fazer, dias monótonos e chatos, chegou essa maravilhosa música e estupenda dança aos olhos e ouvidos de Dick Clark, ele ficou extremamente interessado, com isso, ele procurou o mais rápido possível por um cantor que quisesse regravar a música. Ele encontrou um cantor, Chubby Checker, que logo de início não mostrou interesse algum pela música e logo de cara disse que seria uma catástrofe, mas ele se enganou, a música fez sucesso, um espetacular e estrondoso sucesso, com isso, ele começou ir a programa de televisões e, com isso, apresentou a dança para todos e foi maravilhosamente recebida, por incrível que pareça, por mais que não tenham gostado da maneira que Hank Ballard tinha feito, todos gostaram da maneira que Chubby Checker fez, sim, tanto quanto a música e a dança viraram um estupendo sucesso e êxito dos anos 60, que foi até parar na primeira colocação da Billboard Hot 100.



Mas, a dança já foi designada como imprópria. Foi designada sabe por quem? Pela Igreja Católica.

A dança em si, é extremamente fácil, mas por acharem muito fácil, as pessoas dançam de qualquer maneira e depois vão ao médico com dores nas costas e joelhos. Por incrível que pareça isso foi uma coisa que ocorreu muito na época, pois as pessoas dançavam de uma maneira própria e acabavam se dando mal, por essa questão de depois de dançar ficar com dores, o mais recomendado é fazer alongamentos antes e depois da dança, mas claro, o melhor é você procurar dançar da maneira certa e agradável, que nunca ficará com dores.

Os princípios básicos do twist são simples: uma rotação com as pernas juntas e flexionadas com o peso apoiado em uma parte do pé, nos balanços do corpo para frente e para trás e no movimento dos braços contrários ao movimento dos quadris e das pernas.

Outra coisa que revolucionou na dança, foi que a partir dessa dança, as pessoas poderiam dançar sozinhas, as mulheres não precisavam mais esperar serem convidadas para dançar e cada pessoa poderia mostrar suas habilidades na tal dança.

Finalizando, o Twist foi uma dança que participou, revolucionou e influenciou muito no cenário artístico do mundo, não só na área de dança, mas até na moda, pois foram criadas certas calças, saias e camisas, para que dessem um ar mais vibrante aos nossos olhos quando víssemos uma pessoa dançando Twist, e também, influenciou na parte de educação física, pois não era qualquer um que conseguia dançar o twist, tinha que ter bom condicionamento físico, com isso, muitas pessoas ralaram para poderem fazer seus pequenos passinhos de dança no twist, muito do que eu vi, algumas pessoas usavam o twist com um meio de emagrecer, pois trabalha em boa parte do corpo (pernas e quadris) e com tudo isso, só para você ver, começou com uma simples dança norte-americana, que hoje é algo indispensável aos fãs de Rock n’ Roll, Rockabilly e que faz parte da história da dança.




Músicas que embalaram paixões


Os mais jovens, mais inexperientes (uma pena; ainda bem que a juventude é uma doença que o tempo cura), não sabem o que é isso. Mas que maravilha era “Besame Mucho” com Ray Conniff e sua orquestra. Aquelas paradinhas marotas, depois do pa-pa-rã dos metais, eram uma total delícia. Nada mais fácil do que ter uma paixonite por quem sabia dançar bem nos bailinhos do começo dos anos 60 – ainda mais depois de um cuba libre.



Era a época de dançar ao som das orquestras de Ray Conniff, Billy Vaughan, Percy Faith, ou ainda Sílvio Mazzucca, Metais em Brasa, Românticos de Cuba. O estéreo ainda era uma novidade, e nem toda vitrola hi-fi o incorporava.

O que leva inevitavelmente a duas certezas. A primeira é: olha, faz um tempinho, hein? E a segunda: na época de nossas mães a qualidade era muito melhor. Eles tinham as big bands americanas, as fabulosas e originais, Tommy Dorsey, Benny Goodman, Les Brown, e até mesmo Glenn Miller. Eles tinham o jovem Sinatra e o perfeito Bing Crosby, e, aqui, maravilhas como Pixinguinha e Orlando Silva. Porque, é claro, aquelas coisas tipo Ray Conniff que nos faziam dançar e amar quando éramos bem jovens nos anos 60 eram uma diluição leve do que as big bands fizeram antes; em qualidade, eram tão fundas quanto pires.

Mas é preciso deixar claro desde já que, quando se fala de música que embala paixões, de música que nos faz sonhar de amor, ou que alivia na hora da dor de cotovelo, qualidade artística não importa nada. Fazer distinção entre “brega” e bonito é coisa de crítico – ou de quem não está apaixonado, o que é triste do mesmo jeito.


Nos anos 60, pouco depois do auge de Ray Conniff, veio, por exemplo, o começo de uma onda italiana, um balaio onde se misturavam Sergio Endrigo, Luigi Tenco, Pino Donaggio e também Peppino Di Capri, Fred Bongusto e até John Foster, e depois Gigliola Cinquetti. E quem até hoje sabe de cor ao menos o refrão de “Io che amo solo te” e “Ho capito che ti amo” também se deixou levar por “Champagne”, “Amore, Scusami” e “Dio, come ti amo”, sem problema algum. Por que não?

O amor sempre foi poliglota, e as canções de amor também. Quem não se enamorou ou namorou ou teve saudade ouvindo “Et maintenant”, “Tous les garçons et les filles” ou “F… Comme Femme”, por exemplo, mesmo não sabendo patavina de francês, que atire a primeira pedra.

Amor em espanhol, então, que é fácil de entender, sempre esteve em nossos ouvidos, assim como tinha estado nos de nossos pais. O bolerão – homenageado tão bem por João Bosco e Aldir Blanc na voz de Elis Regina em “Dois Pra Lá, Dois pra cá” – é certamente uma das mais importantes contribuições da América Latina à cultura e aos apaixonados de todo o mundo. Não há discoteca básica, nem trilha sonora de novela, nem história de amor que deixe de incluir “Solamente Una Vez”, “Contigo en la Distancia”, “Sabor a Mi”, “El Reloj” – aquele que pedia, como só os loucos de amor poderiam fazer, que o relógio não marcasse as horas.

Claro, nem só de bolero vive o amor em espanhol; canta-se a paixão também no tango, na guarânia (será que existe mesmo no Paraguai o lago azul de Ypacaraí?), na rumba, no calipso, no cha-cha-cha, no mambo, no merengue… Tanto, e de maneira tão forte, que até os americanos, que vendem sua cultura para o mundo inteiro e não gostam nada de ouvir outras línguas (eles, ao contrário do amor, são monoglotas), sempre abriram suas fronteiras à paixão cantada em espanhol. E espalharam para o mundo suas próprias versões das músicas latinas, de Ray Conniff em “Besame mucho” até os velhos LPs de Nat King Cole en español. E dá-lhe bailinhos mundo afora – Brasil inclusive, claro, e nós neles, de cuba libre ou uísque com guaraná na mão – ao som de “Aquellos ojos verdes” e “Quizás, quizás, quizás” com o sotaque horroroso na voz aveludada do grande Nat.

Há quem culpe o rock’n’roll por diversos males da humanidade, entre eles o fim da época áurea das grandes orquestras, que tanto eram capazes de embelezar histórias e sonhos de amor. Bobagem – ou no mínimo um imenso exagero. A era das grandes orquestras chegou ao fim basicamente por motivos econômicos. Elas custavam caro; viraram dinossauros dentro de uma indústria que, talvez mais que qualquer outra, quer lucro fácil, rápido e grande; as emissoras de rádio e TV, os donos de boates e teatros e a própria indústria de discos foram passando, no final dos anos 50 e nos 60, a preferir gravações feitas em estúdio (e não mais em teatros ou auditórios), com grupos menores, ou a sobrepor os sons de diversos instrumentos nas fitas master, sem a obrigatoriedade de reunir muitos músicos ao mesmo tempo.

O rock teve sua participação no processo, sim; lá isso teve. Ele chegou como um gigante poderoso, aplastrando todo o resto, abafando os demais sons. O catalão Joan Manuel Serrat, infelizmente pouco conhecido entre nós, fez uma música muito interessante sobre isso; chama-se “Cuando duerme el rock and roll”, e a letra diz que só quando o rock, o xerife do mundo, se cansa, retira suas botas e o cinturão e finalmente dorme é que podem escapulir de seus guetos e esconderijos e andar pelas ruas o tango romântico e dançarino, o bolero que ronda a lua e parapeitos das janelas, o blues sentimental, o mambo, a rumba…


Se Elvis Presley e os Beatles pareciam para nossas mães ou tias tão agressivos, barulhentos e pouco românticos quanto hoje nos parecem os Guns N’Roses, Metallica, Nirvana e Sepultura, a verdade é que todos eles souberam cantar o amor. E dançamos e sonhamos e nos apaixonamos ao som de tanta coisa que fica abaixo do rótulo amplo, impreciso e vago de rock – de “Blue moon” a “Yesterday”, de “It’s now or never” a “Something”, passando por “You’ve lost that lovely feeling”, “Do you wanna dance”, “I Started a joke”, “Stairway to heaven”, “Three times a lady”, sem deixar de fora os mais antigos “Smoke gets in your eyes” ou “Only you” ou os mais recentes “(I’ve had) The time of my life” ou “Why worry”, até que chegassem “Patience” ou “Nothing else matters”. E se essas últimas você desconhece, fique tranquila: seus filhos ou sobrinhos ou irmãos mais novos adoram.

Aliás, esse negócio de rótulo – rock ou não rock, brega ou chique – é a maior asneira. Bem no meio dos anos 60, foi sob a inspiração do rock e da guitarra elétrica que estourou no País inteiro o então Rei da Juventude, hoje para boa parte dos brasileiros o maior sinônimo de música romântica. Duvido que você conheça uma única pessoa que não tenha amado, feito amor ou desejado fazer ao som de Roberto Carlos – desde os tempos de “Nossa canção”, “As flores do jardim de nossa casa” e “As curvas da estrada de Santos” até essas últimas homenagens às gordinhas, baixinhas, míopes e – aleluia! – quarentonas. Roberto é assim uma espécie de inconsciente coletivo dos corações brasileiros. E também que mulher não gostaria de um amante à moda antiga, do tipo que ainda manda flores e apesar da velha roupa e da calça desbotada ainda chama de querida a namorada, mesmo com alguns erros do português ruim?

Roberto estava mandando tudo pro inferno quando começaram a surgir as primeiras músicas dessa geração de ouro de cantores e compositores que fez e ainda faz a cabeça e as emoções dos brasileiros que estão, como Barbara gosta de dizer, na melhor fase de suas vidas: Maria Bethania, Gal Costa, Edu Lobo, Milton Nascimento, Paulinho da Viola e, em especial, a santíssima trindade Chico-Caetano-Gil. É fascinante, é emocionante pensar e sentir que já faz 30 anos que crescemos convivendo com eles, aprendendo com eles, amando com eles. Desde “Sem fantasia”, “Avarandado” e “Pé da roseira”, nos anos 60, a “Futuros amantes”, “O motor da luz” e “Quanta”, agora nos 90 e tantos.

Tem um amigo meu que costuma dizer sempre que cada um de nós já viveu mais tempo com a música de Chico, Caetano ou Gil do que com as nossas mulheres – ou maridos, no caso das mulheres. Ele mesmo, conta, já era apaixonado por nossa santíssima trindade antes de conhecer sua primeira mulher, lá por volta de 1969; se amaram ouvindo as músicas deles, partilharam a admiração por eles, foram juntos a vários shows deles; no segundo casamento foi a mesma coisa; o terceiro está sendo igual; e se algum dia houvesse um quarto, diz ele, também seria igual. Os amores mudam, os amores passam, se transformam, quando temos sabedoria e sorte, em velhas e sólidas amizades; vêem os novos amores – e a música dessas pessoas vai embalando tudo, abençoando tudo, ao longo da passagem dos anos, das décadas. 










Fonte: informações no texto Publicado na revista Barbara, 1996. Texto de Sérgio Vaz

O som dos anos 60


Nos anos 60 o rock deixou de ser o som dos jovens e começou a ocupar espaço nas paradas musicais de sucesso. A importância do rock nesta década já ia além das batidas dançantes e escandalosas, o rock havia se tornado uma forma de contestação social e ideológica.

A década é conhecida como a época dos “Anos Rebeldes”, devido ao rumo contestador que o ritmo havia aderido, que incitava o público jovem a questionar os valores mantidos pelas gerações passadas.

O marco inicial que culminou com a popularização do ritmo e a propagação da ideologia que o rock and roll iria oferecer nesta década se deu com quatro garotos de Liverpool. Quando os meninos do The Beatles estouraram nas rádios da Europa e dos Estados Unidos da América.

The Beatles – os garotos de Liverpool

No mesmo período do sucesso dos meninos ingleses despontava o americano Bob Dylan, cantor folk e ativista social, que contestava publicamente as políticas de guerra aplicadas pelo seu país na Guerra do Vietnã, e apoiava todas e quaisquer manifestações anti guerra ao redor do planeta.

Bob Dylan – caipira, fanho e rouco

Foi nesta levada humanista e  que organizaram o Festival de Woodstock, um símbolo contemporâneo de jovens que buscam liberdade de expressão, paz e amor.

O rock nos anos 60 foi agraciado por várias lendas que também merecem ser mencionadas: Rolling Stones, Jimi Hendrix, Janis Joplin, The Who, Jefferson Airplane, Led Zeppelin, The Doors e Pink Floyd.

No Brasil, em consonância com o movimento do rock and roll no mundo, surgiam nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil e os Mutantes, que faziam parte da Tropicália. Que misturava o som das guitarras elétricas com os mais variados gêneros da música de raiz nacional.






Fonte:blog.estrela10.com.br