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Música Internacional: O que rolava na década de 60

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O jovem dos anos 60 e o jovem de hoje


Um dia desses estava conversando com amigos e percebi o grande número de jovens que não se interessam por participar de movimentos sociais, DCEs, DAs, CAs, Grêmios Estudantis, associações ou qualquer que seja o grupo que possa servir como voz ao jovem no país em que vivemos. Ao mesmo tempo percebi a indignação dos mesmos com a política de hoje, decepções e a falta de interesse mesmo.


Eu, sempre atuante nesses movimentos, fiquei muito triste e comecei a perceber a grande diferença dos jovens de hoje com os jovens dos anos 60, jovens esses que viveram e sobreviveram uma ditadura, buscavam informações e criticavam sobre o que estava acontecendo ao seu redor. Parece que naquela época tinham a necessidade de se expressarem, de se juntarem e mostrar o que pensavam, mostrar o que queriam para nosso país.


Criaram movimentos dos mais variados tipos e muitos viviam na clandestinidade para não serem presos, coisa que muitos foram até mesmo torturados. Idealistas, reformadores, jovens, não desistiam de ir para as ruas, de se manifestarem e participarem mais ativamente nas questões do dia a dia político de nosso país. Grupos até hoje procuram notícias de pessoas desaparecidas naquela época e, de quando em vez é localizado um cemitério clandestino ou ossadas.

Será que na época, a decepção deles com a política foi maior do que a de muitos jovens hoje? Pelo menos, hoje, podemos nos manifestar e não tem a “DOPS” nos seguindo e nem nossos amigos sumindo.

E o Jovem da atualidade? Com o mundo a sua frente na tela de um computador, deixa muitas vezes de participar de pequenas coisas que poderiam fazer a diferença. Com tanta liberdade, parece que hoje não existe aquela necessidade de se juntar, em formar grupos, seja para discutir melhorias na sua escola ou no seu bairro. Porque isso?

Sei que o jovem de hoje muitas vezes vai do trabalho para escola, da escola para a casa e desta para o trabalho, num incessante ir e vir à procura da realização profissional, confundindo-a com a pessoal. É a procura do futuro, porém pessoal e não coletivo, quando ali estarão os interesses pessoais possivelmente realizados. Parece não existir uma consciência de um futuro tão próximo e tão globalizado, desmanchando-se em nossas portas. Que tal pensar em um pequeno, ínfimo, mas o pouco tempo em que fizermos algo em prol de nossa sociedade, com certeza seremos recompensados.

Será que o antigo e temido “DOPS”, depois de extinto, conseguiu abafar a participação dos jovens de hoje?  O medo pairou por um bom tempo, reconheço. Apesar de tudo, penso que não! Ainda existem vários jovens com voz ativa em nossa sociedade, que participam de entidades estudantis, eclesiásticas ou associações e que não desistem de se fazerem ouvidos, de participarem, de serem formadores de opinião. Isso muito me motiva e faz-me acreditar na juventude e nas idéias.

Espero, que os demais jovens se espelhem nos dos anos 60! Sim, admiráveis jovens, que mesmo com milhares de ameaças e adversidades mantinham-se ativos, conscientes e participantes naquele dia a dia de nosso país. Lutaram, muitos morreram, porém muitas coisas se modificaram para melhor pela contribuição deles.

            Que tal, você pensar nisso?








Fonte: Informações Saulo Gil