NA CAÇA AOS BROTINHOS
Não adiantava roupa dos Beatles ou uma cuba libre na mão: beijo só rolava depois de muito namoro.
De certa forma, parecida com as atuais: um lugar para curtir, conhecer gente e ouvir música. Mas o ambiente era bem diferente. O rock, que havia estourado nos anos 50, era o principal gênero de música jovem.
No Brasil, a maior influência no som e no comportamento eram programas como Jovem Guarda e Brotos, que lançaram artistas como Roberto Carlos e Ronnie Von. Mesmo diante da difícil realidade da Ditadura Militar, eles ensinavam por que (e como!) valia a pena se divertir.
A MOLECADA DANÇOU
Nas boates, só maiores de 18 podiam entrar. Não que isso exigisse muito controle: os mais novos nem as consideravam uma opção de diversão. Para eles, as festas eram na casa dos amigos, na escola ou no clube, devidamente supervisionadas e encerradas antes da meia-noite.
DROGAS? TÔ FORA (LITERALMENTE)
Assim como hoje em dia, drogas eram ilegais. Poucos baladeiros se arriscavam. Um ou outro mais “moderninho” fumava maconha, mas sempre do lado de fora. Nos EUA, a erva ganhava espaço com o movimento hippie e dava o pontapé inicial na psicodelia.
NEM UMA CASQUINHA
Nada da pegação fácil de hoje em dia! Os casais, geralmente apresentados por amigos em comum, passavam semanas apenas conversando. Só depois rolavam mãos dadas e, talvez, um beijinho. O máximo de contato, em público, era dançar mais juntinho.
DOCINHO, MAS FORTE
Os drinques da época eram a cuba libre (rum com Coca-Cola) e o hi-fi (vodca com refrigerante de laranja). Tinham tudo a ver com a transição do público: misturavam algo adulto (a bebida alcoólica, geralmente duas doses) e algo infantil (o refri, servido até completar o copo).
O AVÔ DO DJ
A pista era animada por bandas ao vivo ou uma vitrola. A figura do DJ ainda não existia, mas, em algum lugar do salão, um discotecário “invisível” cuidava do som. Grande conhecedor de música, ele tentava trocar os discos rapidinho para não perturbar o baile.
A MODA DOS MODERNOS
Os meninos absorveram tudo dos Beatles: do cabelo comprido no corte “cuia” aos terninhos. Calças de bocas largas e paletós despojados também funcionavam. Para as garotas, quem ditava regra era a modelo Twiggy, com maquiagem bem marcada nos olhos. Pernocas de fora (em minissaias ou tubinhos curtos) ganhavam as ruas.
Fonte:mundoestranho.abril.com.br
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